domingo, 8 de setembro de 2019

Rótulos



É da natureza humana prejulgar o outro. O prejulgamento da sociedade cria o rótulo, este nada mais do que uma característica individual positiva ou negativa utilizada para diferenciar determinada pessoa.
O rótulo pode advir de situação marcante, seja ela única ou habitual.  
Gostaria de falar Tomé, o apóstolo de Jesus, cujo rótulo de incrédulo é passado de geração a geração e perdura até os dias de hoje.
Tomé ganhou tal rótulo por crer que havia ressuscitado somente após vê-lo e tocá-lo. Extraímos da leitura de Lucas 24, Marcos 16 e Mateus 28 que após Jesus ressuscitar, Ele apareceu para Maria (mãe de Tiago) e Maria Madalena, pediu-lhes que comunicasse sobre sua ressureição. A passagem de Lucas dá mais detalhes sobre como as coisas se sucederam. As mulheres foram no local onde os onze discípulos estavam juntamente com outros crentes, contou-lhes sobre a ressureição, mas estes não acreditaram.  No mesmo dia, dois discípulos (que não eram do grupo dos doze) caminhavam para Emaús e Jesus se aproximou deles, contudo não o reconheceram de imediato, entretanto após fazê-lo votaram para Jerusalém e contaram aos onze discípulos e aos demais crentes que ali estavam. As outras passagens esclarecem que mesmo assim não acreditaram. Neste momento Jesus apareceu no local onde estavam reunidos e ainda houve quem duvidasse.
Note-se que a bíblia nos mostra em João 20:19 que os onze discípulos e os demais crentes ficaram trancados em uma casa, provavelmente por medo de serem perseguidos e mortos. Contudo, havia um que não se escondeu.
Todos os discípulos não acreditaram que Jesus havia ressuscitado, porém apenas Tomé ficou com a fama de incrédulo.
Observe que a bíblia é enfática ao mencionar que os onze apóstolos estavam reunidos.
Quem era o décimo segundo discípulo?  Era Tomé. Onde ele estava? Bom, isto não sei, mas ele não estava trancado na casa. O próprio João diz isto no capítulo 20:24.
Pelas passagens de João 11:16 e 14:5 verifica-se que Tomé era corajoso, teve coragem para perguntar o que não havia entendido, teve coragem para dizer a Jesus que morreria com ele se fosse preciso e coragem para não se esconder após a morte do Mestre. Entretanto, apesar de mostrar esta nobre característica por diversas vezes, é reconhecido pela sua incredulidade.
O ser humano pode destacar o que há de pior em você, entretanto lembre-se que o Senhor Jesus conhece seu coração. Se desprenda dos rótulos impostos pelas pessoas e se prenda àqueles estabelecidos por Jesus, Ele diz que somos luz do mundo, sal da terra, também nos diz que somos abençoados, apegue-se ao que Jesus diz sobre você. 

domingo, 18 de agosto de 2019

A importância do voto



Confesso-lhes que inicialmente não dava importância ao voto. Entretanto, descobri que o voto é um ato de fé. Thiago 2 :17 nos ensina que “também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma.” O que quero dizer que por mais que você tenha boa intenção e tenha, de coração, entregado sua vida a Deus e por meio de Jesus tornado verdadeiramente nova criatura, é necessário exercitar a fé. O voto é um meio de fazê-lo.

Mas, você pode estar se perguntando, o que é voto?

Voto é um compromisso que você assume com Deus.  É importante salientar que voto não se limita na entrega de determinada quantia em dinheiro,  pode consistir em ação ou omissão.

Se  você se comprometeu com Deus a Jejuar uma vez por mês; a devolver o dízimo de tudo que passar em sua mão; participar de todos os cultos de determinada campanha, você fez um voto de tomar alguma atitude.

Jonas (sim, aquele engolido por um grande peixe) fez um voto para ir falar o que Deus o ordenasse, bem como em ir em qualquer lugar que Deus dissesse. (Sim, ele quebrou o voto ao se recursar ir para Nínive).

Caso você tenha garantido a Deus que deixaria de pecar, que não adulteraria, não mais fumaria ou fornicaria, você se comprometeu a deixar de agir, portanto, realizou um  voto de se omitir de praticar determinado ato.

Qual o requisito para que o voto funcione?

A bíblia condena o voto tolo. Este seria aquele praticado por medo, coação, cobiça... Qualquer sentimento que não seja o amor a Deus. Quando você faz um voto objetivando por exemplo um bem material ou um emprego, no seu coração deve ter o amor a Deus e não ao bem almejado.

O voto é um ato de amor. Este deve ser o primeiro motivo pelo qual você faz um voto, para exercitar sua fé, pois confia na palavra do Senhor. Palavra esta que nos ensina que devemos primeiro buscar ao Senhor e ele acrescentará as demais coisas.

Entenda, não é errado buscar um bom emprego, casa, carro ou por um casamento. Deus quer te ver próspero. Ele já te abençoou, cabe a você tomar posse da sua benção. O pecado é colocar esses desejos em primeiro lugar.

A bíblia está repleta de pessoas que foram abençoadas porque cumpriram com seus votos e também de pessoas que não alcançaram bênçãos pelo fato de não terem cumprido com o que prometeram. 

Jacó quando brigou com o irmão fugiu da cidade levando consigo apenas azeite, e em foi em uma coluna, onde derramou o azeite em uma pedra e fez um voto a Deus, no qual se comprometeu a devolver o dízimo de tudo que Deus lhe desse. (Gênesis 28:20-22). Jacó cumpriu seu voto e Deus o honrou. 

Ana, mãe do profeta Samuel, era estéreo. Ela orava a Deus e chorava. Entretanto, o Senhor apenas lhe tornou fértil quando ela realizou um voto, no qual consagrou seu filho ao senhor e manteve-se firme na promessa. Seu primogênito foi Samuel, o qual desde criança convivia com os sacerdotes. Pelo fato de Ana ter sido fiel a Deus e ter cumprido seu voto, foi mãe de outros cinco filhos. (1Samuel 1:11-12)

Quando você faz um voto com Deus ele espera que você cumpra. A palavra diz que fomos feitos à imagem e semelhança do Senhor. Assim sendo, devemos agir do mesmo modo que ele.

 Se “Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa; porventura diria ele, e não o faria? Ou falaria, e não o confirmaria?” Números 23:19. Assim nós, como filhos dEle, devemos imitá-lo e agir de forma que lhe agrade.

Voto é facultativo e deve ser feito com sabedoria, não faça algo por um impulso ou emoção. Ele não te obriga a realizá-lo, até porque se for forçado não terá validade espiritual para você, entretanto, se você realizou um voto, não tarde em cumprir.


domingo, 28 de julho de 2019

Use o chifre




A mensagem de hoje está relacionada com a passagem bíblica de Josué 6:

“1Ora, Jericó estava rigorosamente fechada por causa dos filhos de Israel; ninguém saía, nem entrava. 
2Então, disse o Senhor a Josué: Olha, entreguei na tua mão Jericó, o seu rei e os seus valentes. 
3Vós, pois, todos os homens de guerra, rodeareis a cidade, cercando-a uma vez; assim fareis por seis dias. 
4Sete sacerdotes levarão sete trombetas de chifre de carneiro adiante da arca; no sétimo dia, rodeareis a cidade sete vezes, e os sacerdotes tocarão as trombetas.
 5E será que, tocando-se longamente a trombeta de chifre de carneiro, ouvindo vós o sonido dela, todo o povo gritará com grande grita; o muro da cidade cairá abaixo, e o povo subirá nele, cada qual em frente de si.
 6Então, Josué, filho de Num, chamou os sacerdotes e disse-lhes: Levai a arca da Aliança; e sete sacerdotes levem sete trombetas de chifre de carneiro adiante da arca do Senhor
7E disse ao povo: Passai e rodeai a cidade; e quem estiver armado passe adiante da arca do Senhor.
8Assim foi que, como Josué dissera ao povo, os sete sacerdotes, com as sete trombetas de chifre de carneiro diante do Senhor, passaram e tocaram as trombetas; e a arca da Aliança do Senhor os seguia.
 9Os homens armados iam adiante dos sacerdotes que tocavam as trombetas; a retaguarda seguia após a arca, e as trombetas soavam continuamente. 
 10Porém ao povo ordenara Josué, dizendo: Não gritareis, nem fareis ouvir a vossa voz, nem sairá palavra alguma da vossa boca, até ao dia em que eu vos diga: gritai! Então, gritareis.
 11Assim, a arca do Senhor rodeou a cidade, contornando-a uma vez. Entraram no arraial e ali pernoitaram.
12Levantando-se Josué de madrugada, os sacerdotes levaram, de novo, a arca do Senhor.
 13Os sete sacerdotes que levavam as sete trombetas de chifre de carneiro diante da arca do Senhor iam tocando continuamente; os homens armados iam adiante deles, e a retaguarda seguia após a arca do Senhor, enquanto as trombetas soavam continuamente.
 14No segundo dia, rodearam, outra vez, a cidade e tornaram para o arraial; e assim fizeram por seis dias.
15No sétimo dia, madrugaram ao subir da alva e, da mesma sorte, rodearam a cidade sete vezes; somente naquele dia rodearam a cidade sete vezes. 
16E sucedeu que, na sétima vez, quando os sacerdotes tocavam as trombetas, disse Josué ao povo: Gritai, porque o Senhor vos entregou a cidade! 
...
 20Gritou, pois, o povo, e os sacerdotes tocaram as trombetas. Tendo ouvido o povo o sonido da trombeta e levantado grande grito, ruíram as muralhas, e o povo subiu à cidade, cada qual em frente de si, e a tomaram. “


Após a morte de Moisés, Josué foi o escolhido pelo Senhor para conduzir o povo à terra prometida.  A terra prometida consistia em um conjunto de cidades. A primeira cidade a ser conquistada era Jericó. Esta era a maior e mais resistente das cidades. Aos olhos humanos seria extremamente difícil, talvez impossível, conquista-la. Acontece que Deus era com eles. Hoje em dia, Jericó pode ser representado por uma cura, a restauração do casamento, enfim, algo que parecer ser impossível de conquistar.
Os sacerdotes mencionados no versículo 4 eram homens que intermediavam a relação entre Deus e as pessoas. O número sete representa a totalidade, a perfeição. Quando Jesus diz a Pedro que devemos perdoar 70 x7, Ele na verdade quis dizer que devemos perdoar sempre.  Hoje em dia, os sacerdotes são todos aqueles que aceitaram a Jesus como Senhor e salvador.
O carneiro representa o sacrifício. Abraão após provar sua fé ao Senhor sacrificou com Isaque um carneiro preparado por Deus. Aquilo era uma representação de Jesus,  que tomou o meu, o seu lugar. O cifre representa a autoridade dada a nós por Jesus.
“Jesus deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios e para curar as doenças” (Lucas 9:1).
“E estes sinais acompanharão aos que crerem: em meu Nome expulsarão demônios; em línguas novas falarão. (Marcos 16:17).
O tocar a trombeta de chifre significa usar a autoridade do nome de Jesus que nos foi dada. A palavra diz em que o reino é tomado por força (Mateus 11:12), ou seja, não basta sermos revestidos de autoridade, nós devemos usá-la, pô-la em prática. Isto não significa que você deve usar de força física e sair batendo em todo mundo, pois nossa luta não é contra a carne e sim contra Satanás e seus demônios, no texto representados pelos rei e seus valentes. Satanás já foi derrotado por Jesus na cruz, basta que tomemos posse da nossa vitória através da palavra.  Tocar a trombeta longamente quer dizer que devemos usar da autoridade pelo tempo necessário até que as muralhas venham a baixo. Devemos permanecer firmes nas promessas.

domingo, 17 de março de 2019

Não aja como Esaú




‘Ao chegar a época de dar à luz, confirmou-se que havia gêmeos em seu ventre.
O primeiro a sair era ruivo, e todo o seu corpo era como um manto de pêlos; por isso lhe deram o nome de Esaú.
Depois saiu seu irmão, com a mão agarrada no calcanhar de Esaú; pelo que lhe deram o nome de Jacó. Tinha Isaque sessenta anos de idade quando Rebeca os deu à luz.
Os meninos cresceram. Esaú tornou-se caçador habilidoso e vivia percorrendo os campos, ao passo que Jacó cuidava do rebanho e vivia nas tendas.
Isaque preferia Esaú, porque gostava de comer de suas caças; Rebeca preferia Jacó.
Certa vez, quando Jacó preparava um ensopado, Esaú chegou faminto, voltando do campo,
e pediu-lhe: "Dê-me um pouco desse ensopado vermelho aí. Estou faminto! " Por isso também foi chamado Edom.
Respondeu-lhe Jacó: "Venda-me primeiro o seu direito de filho mais velho".
Disse Esaú: "Estou quase morrendo. De que me vale esse direito? "
Jacó, porém, insistiu: "Jure primeiro". Então ele fez um juramento, vendendo o seu direito de filho mais velho a Jacó.
Então Jacó serviu a Esaú pão com ensopado de lentilhas. Ele comeu e bebeu, levantou-se e se foi. Assim Esaú desprezou o seu direito de filho mais velho.’  Gênesis 25:24-34

Em Romanos, capítulo 9, Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, ensina que o Senhor havia feito uma promessa à Rebeca de que “o maior serviria ao menor”, ou seja, de que seu filho mais velho serviria ao mais novo.

Naquela época, apenas o filho mais velho herdava todos os direitos de seu pai.
A primogenitura pertencia à Esaú, assim como todas as promessas descritas na bíblia (salvação, cura, libertação, conversão da família, prosperidade) pertencem a todos que aceitaram a Jesus como seu Senhor e Salvador.

Esaú, havia saído para caçar, contudo voltou sem obter êxito. Estava faminto e esgotado. Seu irmão havia preparado um guisado de lentilhas e o ofereceu a Esaú em troca da primogenitura.
Esaú, sem pensar duas vezes, trocou seus direitos por um simples prato de comida que, frisa-se, nem era das melhores.

Esaú representa os filhos de Deus, a primogenitura simboliza todas as promessas do Senhor, o guisado de lentilha corresponde a qualquer ato que nos afasta de Deus e que momentaneamente pode nos trazer uma falsa e momentânea sensação de alívio/alegria, entretanto nos causa um prejuízo enorme, já que nos impede de usufruir plenamente das bênçãos do Senhor.

Esaú pendeu para a carne e não para o espírito. A bíblia descreve que “quem é dominado pela carne não pode agradar a Deus.” Romanos 8:8.

Jacó se aproveitou da situação de vulnerabilidade de seu irmão, contudo competia a Esaú resistir à oferta da mesma forma que compete a nós resistirmos às tentações e armadilhas de Satanás.

Lutas, dificuldades e problemas vêm para todos, Jesus não nos prometeu uma vida sem elas, pelo contrário, Ele disse que teríamos aflições, porém Ele também nos prometeu vitória sobre todas as adversidades.